segunda-feira, 14 de abril de 2014

Análise - México

Após crise e classificação sofrida nas eliminatória, Seleção Mexicana aposta no bom retrospecto diante do Brasil para surpreender na Copa. 


Por Thiago Cruz

O México será o segundo adversário do Brasil na Copa do Mundo. O jogo será realizado dia 17/06, no Estádio Castelão, em Fortaleza. Com a Seleção Brasileira como ampla favorita para classificação, os mexicanos despontam como 3° força do grupo e deverão disputar com a Croácia a outra vaga para as o Oitavas. O confronto diante do Brasil, contra quem tem bom retrospecto, pode ser o diferencial para o México. 

Crise, mudanças no comando técnico e "ajudinha" dos Estados Unidos marcaram classificação do México para a Copa.


Após a conquista do Ouro Olímpico em Londres 2012, parecia que o México rumaria tranquilo para a classificação para a Copa do Mundo. Ledo engano. Com uma sequência de empates, troca de treinadores em meio a competição(José Manual de La Torre, Luis Fernando Tena, Victor Vucetich e atualmente Miguel Herrera), crise interna e más atuações no Estádio Azteca, o México quase viu a vaga ir embora, o que seria um desastre, uma vez que a Eliminatórias da Concacaf não é tida por ter seleções de nível. Mas graças a vitória da já classificada seleção dos EUA diante do Panamá, o México conseguiu se manter na 4° colocação e garantir vaga na repescagem. 



Na repescagem o México passeou diante da Nova Zelândia, com vitorias tranquilas garantiu sua vaga em mais uma Copa do Mundo. O detalhe é que o atual técnico Miguel Herrera, querendo valorizar a identificação do time com o país, convocou apenas atletas que atuam no futebol mexicano. Prática que não se sabe se ele levará até a Copa, quando os melhores jogadores serão necessários.

Olho nele!



Chicharito: Destaque do México
Javier "Chicharito" Hernandez é a principal esperança da Seleção do México. O Jovem atacante do Manchester United se destaca por seu faro de gol, facilidade para trabalhar com as duas pernas e agilidade na execução das jogadas. Tido como grande promessa mexicana, saiu do Chivas Guadalajara e chegou ao futebol inglês com apenas 21 anos, onde se mantém com destaque até hoje. Com boas passagens pelas seleções de base do México, teve sua primeira convocação para Seleção principal em 2009 e desde lá acumula 35 gols com a camisa verde mexicana.




Outros destaques da seleção Mexicana são o atacante Peralta, carrasco do Brasil na final Olímpica de 2012. O veterano zagueiro e capitão Rafa Marquez, caracterizado por sua técnica apurada e precisão na saída de bola. O Meia Giovanni dos Santos, revelado pelo Barcelona como aposta de ser o novo Ronaldinho, mas que nunca correspondeu a expectativa. E o arrojado goleiro Ochoa.



Tática


Com pouco tempo de trabalho sob o comando do Técnico Miguel Herrera, o México ainda é um rascunho de time. No confronto pela repescagem diante da Nova Zelândia, a aposta foi em um esquema tático básico e cauteloso, um 4-4-2 com as linhas muito bem definidas. O ponto forte está na velocidade do trio de ataque, composto por Chicharito, Peralta e Giovanni dos Santos, que municiados por Guardado podem trazer problemas para a Seleção Brasileira, principalmente se explorarem as os avanços de Daniel Alves e Marcelo. Molina e Medina fazer a proteção em frente a zaga e os laterais Aguilar e Layun apoiam ao ataque com cautela para não expor os zagueiros. A liderança e experiência de Rafa Marquez também são pontos a se destacar. A saída de bola e os lançamentos precisos do zagueiro podem ser a chave para os contra-ataques em velocidades. 

O ponto fraco está nas constantes trocas de técnico, que apenas fragilizaram o entrosamento e contribuíram para que o time ainda não tenha o seu padrão de jogo totalmente definido. A indefinição sobre a utilização de algumas peças, que farão a equipe base ser definida apenas na véspera da Copa tornam o México uma incógnita. O que sobra de experiência, falta de velocidade a Rafa Marquez, que se jogar exposto será preza fácil para Neymar e cia.

Retrospecto



O México participou de 14 Copas do Mundo. Suas melhores participações foram em 1970 e 1986, anos em que foi sede e terminou na 6° colocação. Ao todo foram 49 jogos, com 12 vitórias, 13 empates e 24 derrotas. Hugo Sanchez, Luiz Hernandez, Jorge Campos, Borgetti e Blanco são os principais destaques do México em Copas.




Diante do Brasil, o retrospecto é desfavorável em Copas, com 3 derrotas nos 3 jogos ocorridos em 1950, 1954 e 1962. Porém, o retrospecto recente esteja favorável aos mexicanos, com vitórias emblemáticas como na Copa Ouro, na Copas das Confederações de 99 e 2005, além do Ouro Olimpico conquistado sobre nós nas Olimpíadas de 2012.




No ultimo encontro entre Brasil e México, na Copa das Confederações, vitória brasileira por 2 a 0, gols de Neymar e Jô. Os gols da partida você pode acompanhar no link abaixo:







Expectativa para o Confronto


O Brasil tem amplas condições de sair vitorioso da partida. Embora possua jogadores de qualidade, o México já passou por fases melhores e não deverá ser páreo para o Brasil. O retrospecto recente favorável pode dar confiança aos Mexicanos, principalmente aos presentes na final Olímpica de 2012, mas não o suficiente para dificultar o jogo Brasileiro, que apoiado por um Estádio lotado deverá sair com os 3 pontos. Atenção redobrada no trio de ataque ( Chicharito, Peralta e Dos Santos) e a chegada surpresa de Oscar e Paulinho na defesa mexicana serão fundamentais para alcançar a vitória.


O ultimo adversário do Brasil na fase de grupos, Camarões, de Samuel Eto'o, será em breve analisada no Blog. Não percam!






Lá encontrarão todas as novidades sobre o Programa.

Seleção Mexicana